PAPO MTV: KAROL CONKÁ

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A curtibana Karoline dos Santos Oliveira começou a escrever aos cinco anos, sua sensibilidade e alto astral encontraram suas rimase a aos 16 anos ela se aventurou no mundo do RAP. Ao lado de outras rappers Karol Conká conquista o espaço das mulheres no estilo, a mistura de ritmos combinadas aos versos cheio de liberdade tem das mais diversas influências e Karol conta tudo no nosso papo. 


Karol Conka, musicalmente, começou quando?
KC: Descobri-me compositora quando eu aprendi a escrever, com 5 anos. Comecei a fazer pequenos versos de amor para o meu pai. Lembro-me de gostar da sensação de criar palavras rimadas seguidas de melodia. Comecei a me aventurar no rap mais tarde, com 16 anos. Um professor me deu incentivo e não parei mais. Fui me interessar por rap no colégio, quando um namorado que eu tinha me mostrou alguns sons e eu passei a ouvir cada vez mais. Aí conheci Fuggees e me inspirei em Lauryn Hill. 

Estar no cenário musical é alguma influência da sua família? 

KC: Na minha família sou a única envolvida com a música! Fui incentivada pela minha vó que sempre gostou de cantarolar pela casa e não teve oportunidade de se aventurar no mundo das melodias e minha mãe que sempre ouviu samba bem alto em casa. 


Quais são suas maiores influências musicais? 

KC: Quando eu era criança, ouvia muito samba (Almir Guineto, Fundo de Quintal...). Isso com certeza me influenciou muito. Depois, eu passei a ouvir muito Lauryn Hill e Erykah Badu, Jorge Ben, Timbalada. Hoje eu ouço um monte de coisas, Rihanna, Bjork, M.I.A., Aluna George, Juicy J... 


De todas as suas músicas, você tem uma preferida? 

KC: Minha preferida é a MUNDO LOUCO, justamente por mostrar uma fábula, um clima libertário e ter melodias soltas como eu, (risos) 


Até agora qual show que você já fez você considera o melhor? 

KC: O show de lançamento do album Batuk Freak no SESC Pompéia. Me senti madura e feliz de mostrar meu trabalho para um publico receptivo e moderno. 


O clipe “Toda Doida”, música em parceria com Boss in Drama, foi gravado em cima de uma laje, na favela do Vidigal, no Rio de Janeiro. Qual foi o clima de gravação? Conta mais pra gente sobre isso... 
KC: O clipe foi dirigido por Rabu Gonzales, que teve a ideia de colocar dançarinos e criar uma festa na laje. O single faz parte do novo projeto do Boss In Drama, que reúne nomes da música brasileira em um disco com produção própria. 
Fui convidada e topei na hora. Eu e Boss nos tornamos amigos, o que rendeu um clima gostoso na gravação do clipe. Foi bem divertido, dançamos e cantamos como se estivéssemos numa balada mesmo, (risos!) 

E o que te deixa toda, toda doida? 
KC: Ver todo mundo na mesma sintonia pulando, gritando e seguindo a canção! Só os batidão e os bumbos tremendo os ossos! 

O que te inspira mais na hora de se vestir: o gueto ou o luxo? KC: Me inspiro no gueto, que também é luxo!
Ainda rola muito preconceito com as mulheres no rap?

KC: O processo é mais lento do lado de cá (rap feminino). As mulheres sempre foram minoria dentro da cultura Hip Hop. Hoje em dia existem muitas mulheres criando rimas de conteúdo com muita atitude! Dentre elas estão: Flora Matos, Karol de Souza, Livia Cruz, Brisa Flow, Lurdez da Luz, Sistah, Mc Gra, Nathy Mc... Talvez, agora nossa visibilidade aumente com a repercussão cada vez maior. As mulheres sempre estiveram presentes no Hip Hop.
Nosso espaço já está tomado, estamos cumprindo nosso papel. A gente desbanca o preconceito quando pegamos no microfone. 

O que você acha das comparações com a cantora M.I.A.? 
KC: Acho demais! Adoro M.I.A. Mas sei que eu teria que nascer de novo pra chegar aos pés dela. 

Qual seu maior sonho em relação a sua carreira? E na sua vida pessoal?
KC: Meu sonho é ter um reconhecimento eterno e ser lembrada como a negrinha do Boqueirão que venceu fazendo rap. Servir de exemplo pra outras pessoas que se sentem incapacitadas de realizar algo. Na minha vida pessoal, eu espero conseguir atingir metas que me possibilitem de ajudar os meus! 

Algum plano para o futuro? Novo álbum? 
KC: Já comecei um romance com meu segundo albúm e pretendo lançar um projeto paralelo que é segredo ainda... 

Algum cantor/banda que você gostaria de dividir o palco? Sem restrições... 
KC: Gostaria de dividir o palco com a Rihanna. 

Qual foi o último disco que você comprou? 
KC: Não lembro... 

Um palavrão preferido? KC: "Porra" e tem que falar gritando! 

Gostaria de deixar um recado aos seus fãs? 
KC: Quero dizer que eu amoooo quando meus fãs ficam me chamando de linda e gritando todas as minhas músicas na frente do palco (risos). E que jamais devemos sentir vergonha de ser o que somos. Liberdade e verdade sempre! Um beijo pra sociedade brasileira. 

Valeu Karol!

Texto publicado no site da MTV Brasil.








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