Tiago Worcman fala sobre nova MTV

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Tiago Worcman - FOTO Divulgação - Estadão

Tiago Worcman acaba de ser nomeado Vice-Presidente da MTV do Brasil, deixando o canal GNT a qual fazia parte. O novo 'Sr. MTV' concedeu uma entrevista ao Estadão, revelando alguns, mesmo que poucos, detalhes sobre a nova programação da MTV.

Segue a entrevista do Estadão (Blog da Cristina Padiglione) na íntegra:

A nova MTV se anuncia como um canal para a geração ‘millenial’. Quem é esse público?
Nosso target vai de 15 a 30 anos. Os millennials, segundo dados científicos, vão de 9 a 30 anos, mas a gente dá esse recorte porque a Nick alcança até os 12 anos. A ideia é que o público, assim que deixar de ver a Nick, veja a MTV, e depois dos 30, o VH1.


Como criar uma nova MTV sem afastar o público do canal?

É um desafio enorme. É uma nova MTV. A marca sempre foi referência para os jovens e a gente quer manter o olho no olho, nunca ser uma referência de cima para baixo: esse continua a ser nosso foco. É amigo, não é pra ditar regra.


Baby do Brasil e Gal Costa, alvos de shows recentes da MTV Brasil, seriam atrações para o VH1 ou para esta nova MTV?
Eu fui ao show que a Baby fez no Rio, com o filho dela, e estava cheio de molecada. Existe um espírito jovem em certas pessoas. Não te afirmo que não teremos Baby no nosso canal. O Mick Jagger tem fãs de 10 anos, o meu filho agora está curtindo Michael Jackson.


A gente poderia então dizer que MTV e VH1 são complementares, não necessariamente divergentes?
Exatamente.


Ainda há espaço para videoclipe hoje, com tamanha oferta na web?

A música faz parte do DNA da MTV. A forma em que ela vai estar, a gente ainda não alinhou.


E a comédia, que também é um pilar forte da MTV atual?

Comédia fica no (canal) Comedy Central. A pegada da nossa MTV é entreter. Humor, graça e leveza fazem parte do canal, mas stand up é no Comedy, que é muito forte nisso.


O novo canal tem restrições em relação a programas ou 
talentos que estão no ar na MTV? Algum programa será mantido?
Nesse momento não. A gente está buscando os melhores profissionais do mercado. Com a mudança, a MTV vem para o prédio da Viacom (no bairro da Água Branca) e 40 pessoas estão sendo contratadas. Os VJs na MTV são muito a cara do canal. A MTV Brasil sempre teve essa preocupação de ter uma cara, pessoas representando o canal.


É uma ruptura?

Não tá fechado, não existe isso de ‘talentos MTV não são aceitos aqui’. Mas eles teriam que se reinventar, trazer coisas novas. Tem um investimento enorme em programação, 350 horas de produções nacionais para o primeiro ano e produções bem-sucedidas da MTV no mundo todo, com foco muito brasileiro. A gente chama de glocal: um canal global, com identidade local.


O que se pode esperar de conteúdo nessa nova MTV?

Teremos um programa diário forte, que não é jornalístico nem ao vivo, mas vai esquentar o canal, vai trazer muita gente, talentos internacionais e nacionais, é o nosso respiro, a nossa movimentação mais forte no sentido de mostrar a cara no dia a dia.


Mas o programa estará atrelado a uma agenda cultural ou pode ter assuntos variados? Por exemplo, nesse momento de manifestações, ele poderia receber os meninos do Movimento do Passe Livre?
Com certeza. Não é agenda cultural. Hoje, a internet já cumpre esse papel, não temos a obrigação de levar a banda que está chegando ao Brasil.


Teremos séries de ficção?

Sem dúvida. A gente tá preocupado em adquirir séries fortes, séries internacionais. Não tem a preocupação de ser um canal de séries ou de música. O millenial hoje é pluralista. Teremos reality shows, documentários, biografias musicais, séries de ficção e animação, que é importante também.


‘South Park’, hoje no VH1, pode mudar de canal?
Há muita chance. Não sabemos ainda se ele vem para cá ou ficará nos dois canais. Também teremos uma versão nacional do Catfish em 2014. É uma combinação bacana e só é possível com a MTV estando na Viacom. É uma experiência bem-sucedida nos Estados Unidos e brasileiro é muito digital. Também vamos produzir uma versão brasileira do Guy Code X Girl Code, que deve ganhar um título nacional, sobre os comportamentos masculino e feminino, com perguntas e uma série de depoimentos.







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